A você que começa no mundo business agora, talvez ainda seja novidade, mas entre quem é um pouco mais experiente, ou peixe grande, já é consenso que uma das bases para o sucesso de uma empresa é a sua Identidade Organizacional.
É nela que definimos a MISSÃO, VISÃO e os VALORES da empresa, auxiliando assim, sua equipe a saber para onde está indo, que rumo está tomando e onde quer chegar.
Trata-se de definições morais (mas também estratégicas) que devem ser seguidas para que a sua empresa tenha um posicionamento claro tanto para você, empresário, quanto para seus colaboradores, assim fica mais fácil saber o que fazer, como fazer e buscando o quê.
Em resumo, esses três fatores são tudo que o que você deve valorizar e não pode deixar de levar consigo durante seu caminho. Resumindo mais ainda, é um modus operandi, – em português claro, é um norte a se seguir. É um farol de princípios que, assim que definido, pode ser seguido independente da claridade e do humor do mar.
Tá, eu sei que talvez, você já tenha se cansado de palavras bonitinhas, e quer que te provemos o quão realmente essencial essas três palavras são para qualquer negócio; seja uma empresa, uma entidade pública, ou um jeito de se cozinhar. Quanto ao ramo empresarial, acompanhe o breve contexto histórico abaixo…
Contexto Histórico
Para compreendermos o contexto histórico da aplicação de “Missão, Visão e Valores” no mundo administrativo, é importante voltar algumas décadas no tempo.
1950
A década de 1950 não é particularmente lembrada por uma crise econômica significativa no mundo dos negócios. Na verdade, foi um período de crescimento econômico relativamente estável para muitas nações após o término da Segunda Guerra Mundial.
Esta década foi conhecida como “Os anos dourados”, período de uma grande expansão econômica vinda do nada, com altas taxas de crescimento, aumento da escala de produção industrial, crescimento da classe média e seu poder de compra, resumido em venda de armas, carros, casas e eletrodomésticos por família.
Foi durante esse época que houve o Baby Boom, e surge o conceito de Sonho Americano, um estilo de vida baseado no capitalismo estadunidense, que mesmo ironizado em muitas mídias, de Matrix a Simpsons, é o cenário que persiste até hoje; cenário este que engatinha nos anos 50, explode nos 60, se estabiliza ainda na mesma década, mas aos poucos, começa a gerar crises internas. Em especial, na administração.
O boom econômico marcou o início da preocupação com a gestão estratégica nas organizações. E embora crescimento seja uma coisa boa, as empresas não estavam preparadas para se adequar a receber e devolver tamanha expansão pra sociedade.
Nesse período, economistas e administradores começaram a perceber a necessidade de uma abordagem mais planejada e orientada para o futuro, em contraste com práticas mais tradicionais de gestão.
Voltando atrás, ainda em 1947, pouco antes do boom, uma Organização-Não-Governamental Inglesa chamada ISO 9000 (em português: Organização Internacional para Padronização) surgiu, na intenção de preparar seu país para a Terceira Revolução Industrial, marcada por maior automação no trabalho (época dos televisores, satélites, robôs, computadores, entre outros) e no consumo, mas que poderia substituir a desumanização e insalubridade operária por desemprego e precarização.
Em resumo, era necessário padronizar as condições de trabalho, a administração e contabilidade, e medidas de marketing das empresas, diante desse cenário tão próspero, mas tão imprevisível e complicado.
Fato curioso:
A denominação “International Organization for Standardization” traduz-se por diferentes siglas em diferentes idiomas (OIN em francês, IS em alemão, e OIP em português) e por isso, seus fundadores decidiram usar o acrônimo ISO, mesmo que em tradução literal fosse ser IOS) que significa “igual” “igualdade” em grego.
Assim, Qualquer que seja o país ou a linguagem, a abreviatura é sempre ISO, pois o sistema prevê que os produtos detenham todos um mesmo processo produtivo (igual) para todas as peças.
Voltando aos Estados Unidos…
Na hiper-produção capitalista, e no aumento de consumo de eletrodomésticos, salas de cinema e produtos industrializados por família, surge por parte do cenário consumidor, uma definição ética da forma como seus produtos consumidos eram feitos, e uma definição de cultura para a equipe produtora.
O primeiro evento marcante relacionado à ideia de Missão, foi protagonizado pela IBM; em 1963 a gigante da informática foi a primeira grande corporação a adotar formalmente uma declaração de missão através da “Declaração de Princípios”, publicada pela primeira vez na revista “Think”.
Embora não seja possível atribuir a autoria de “Missão, Visão e Valores” a um único escritor ou teórico, foi à partir desse grande evento que a academia administrativa começa a se preocupar com toda essa abstração moral e romântica da empresa. Não bastava mais para os colaboradores (e até para os gerentes, ceo’s, acionistas etc) simplesmente gastar sua energia 8 horas por dia, 5 dias na semana e 33 anos na vida só para comprar uma TV novinha e um carro novo no fim do ano… eles têm que se sentir pertencentes de algo maior, de uma ideia, de um propósito que vá além da sobrevivência e estabilidade. Nós precisamos.
Se a esperança de muitos, a resposta a isso seria uma revolução, ou uma mudança de sistema, a União Soviética cai em 1991.
Então a resposta estava em criar um código fixo e profundo, no sentido de propósito.
Um ano antes, surge uma explosão de certificações ISO 9000, e especificamente, na certificação: ISO 9000:1994, surge como “obrigação” para as grandes empresas de desenvolverem e publicarem o seu código de: Missão, Visão e Valores.
À partir daí, as grandes empresas começam a adotar a definição e publicação de Missão, Visão e Valores; não porque eram legalmente obrigadas, mas porque era um grande charme ser verificada pela ISO, até se tornar praticamente uma marca de confiabilidade; até praticamente todo o mundo business adotar esses três pilares, e a ideia de cultura empresarial num geral.
Entre as empresas que se destacaram por seguir a tendência considerando a sua posição de dita-las, estão:
Gostou da aulinha de história? Então entenda com poucas palavras o que é, e o que define cada um dos três pilares.
Nomeando os pilares
MISSÃO
A missão é a razão de ser da empresa, ela determina as ações empresariais e representa o horizonte por onde a empresa deve atuar. Por exemplo, a nossa MISSÃO é prestar serviços visando à implantação, acompanhamento e orientação de processos administrativos organizacionais e integração de pessoas e sistemas, alinhados aos objetivos da empresa.
VISÃO
A visão representa o objetivo principal da empresa, geralmente esse objetivo é de uma abordagem mais ampla e determinado para 5-10 anos.
A nossa é manter a credibilidade conquistada com clientes locais e expandir o mesmo método com atendimento online.
VALORES
Os valores são definições delineados para direcionar o relacionamento dos seus stakeholders (clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros).
Os nossos são:
- EXCELÊNCIA – Realizar o trabalho com qualidade, transparência, harmonizando objetivos entre profissionais e empresas;
- ENCANTAR – É transmitir alegria, positividade, motivação, bom humor e transformação do meio;
- EVOLUÇÃO CONTÍNUA – É despertar pessoas para o interesse de novos conhecimentos e aplicabilidade dos mesmos;
- GRATIDÃO – Levar o hábito de reconhecer que a vida é um presente de Deus.
PROPÓSITO
O propósito é o senso de que somos parte de algo maior, que somos necessários, que os benefícios que podemos levar contribuirão com o mundo. Ele transcende a existência do seu próprio ser… Antes de descobrir o que, e como fazer, é necessário descobrir o porquê fazer.
O nosso por exemplo: É tornar a vida das pessoas mais leve.
Tá, mas… como criar do zero minha identidade organizacional? Você deve estar se perguntando.
E agora que entendeu o quão importante é a identidade organizacional, mas não sabe exatamente como construir a sua, saiba que existem alguns métodos; entre eles, sugerimos um questionário, onde respondendo às perguntas, naturalmente surge essa construção. Esse é o caminho que funcionou para vários de nossos clientes e por sorte, podemos te ajudar! A UP possui um questionário especializado de construção de identidade organizacional.